BRASÍLIA - A CPI da Petrobras ouve na manhã desta quinta-feira o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. No início da sessão, foram marcadas as datas das visitas que a comissão fará fora de Brasília.
Em 24 de abril, uma comitiva dos deputados irá a Curitiba falar com o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato, que investiga principalmente irregularidades na estatal. Dia 27, irá à sede da Petrobras, no Rio. Em 8 de maio, será a vez Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Em 18 de maio, por fim, haverá uma visita à refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.
Na viagem a Curitiba, também deverão ser acertados detalhes com o secretário de Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, sobre como serão os depoimentos dos suspeitos presos na cidade. O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), defende que eles sejam públicos. Ao todo, a CPI vai ouvir 19 pessoas que estão na cidade, mas ainda não foi definida uma data.
Na última terça-feira, também foram aprovados dois requerimentos de viagens ao exterior. Uma para os Estados Unidos, para acompanhar as investigações relativas à Petrobras conduzidas pelo Departamento de Justiça daquele país e pela Securities and Exchange Commission (SEC).
A outra viagem aprovada é para Londres, para ouvir Jonathan David Taylor, ex-executivo da empresa holandesa SBM, suspeita de pagar propinas à Petrobras. Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", ele disse que entregou mil páginas de documentos internos da SBM à Controladoria-Geral da União (CGU) entre agosto e outubro de 2014. A CGU, no entanto, anunciou a abertura de processo contra a empresa apenas em 12 de novembro, depois da eleição. Para Taylor, isso significa que houve interesse em proteger o PT e a presidente Dilma Rousseff, que disputava a reeleição.
Segundo Hugo Motta, ainda não há data marcada para essas viagens. O primeiro vice-presidente da comissão, o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), disse que Taylor tem medo de vir ao Brasil.
— Jonathan Taylor tem receio de vir ao Brasil. Mas diz que tem uma documentação vasta e quer entregar à CPI - afirmou o tucano.
O depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que está colaborando com a Justiça, foi marcada para o dia 5 de maio.
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