BRASÍLIA — O delegado Márcio Ancelmo, coordenador da operação Lava-Jato, diz ver com reservas acordos de leniência entre a Controladoria Geral da União (CGU) com empreiteiras investigadas por fraudes com a Petrobras. Para ele é importante que os acordos não resultem em punições mais leves para as empresas. Perguntado sobre as negociações em curso na CGU, o delegado respondeu:
— É preciso ser evitado um acordão e que punições deixem de ser aplicadas — disse o delegado depois de participar de uma entrevista coletiva na sede da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF).
Segundo o delegado, “acordão” seria colocar todas as empreiteiras no "mesmo balaio" e fazer um acordo genérico. Márcio Ancelmo disse também que não é possível flexibilizar com as empreiteiras só pelo motivos de algumas delas estarem em dificuldades financeiras.
— Tem um momento que você precisa passar isso a limpo. Não dá para pensar só na situação das empreiteiras porque elas lucraram com isso — disse o delegado.
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