A
Corregedoria da Polícia Militar do Rio instaurou Inquérito Policial
Militar (IPM) para investigar a denúncia de extorsão de dinheiro do
traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, por policiais do 41º BPM
(Irajá). Segundo integrantes da cúpula de Segurança, os PMs estavam
recebendo há pelo menos um ano propina para não capturar o traficante,
morto no último sábado, e afrouxar o combate à quadrilha de Playboy. De
acordo com a denúncia, eles sabiam de seu paradeiro e chegaram a
negociar diretamente com o chefe do tráfico de drogas a sua liberdade.
—
Não é algo impossível que (sejam verdadeiras) as denúncias de que
Playboy possuía agentes do Estado fazendo a sua segurança e cooperando
com o esquema dele. Estas informações são plausíveis. As investigações
estão em curso, e se tiver agentes da lei envolvidos com qualquer tipo
de irregularidade, seja com Playboy ou com quem for, mais cedo ou mais
tarde, será preso — promete o coronel Antônio Goulart, coordenador de
inteligência da PM.
A Polícia Militar confirmou a instauração dos
procedimentos para investigar a denúncia, mas não informou quantos
policiais são alvo das investigações. De acordo com a Polícia Federal, a
investigação sobre a quadrilha de Playboy continua em andamento.
—
Se for detectado envolvimento de qualquer agente do Estado (com a
quadrilha), ele também será preso — garante o delegado João Luiz Araújo.
O
traficante foi morto durante operação das polícias Militar, Civil e
Federal, no Complexo de favelas da Pedreira, em Costa Barros, na Zona
Norte. O corpo do traficante foi enterrado, ontem à tarde, no Cemitério
do Catumbi.
— Esta operação teve participação de três corporações
distintas, envolvendo mais de cem homens, numa ação cirúrgica, num
terreno conflagrado. Foi perfeita e sem vazamento. Se existe agente da
lei envolvido (em irregularidades), não é a totalidade (da tropa) —
acrescenta o coronel Goulart.
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