A produção de cacau tem ganhado destaque no estado de São Paulo, de forma mais expressiva na região noroeste, com área plantada de aproximadamente 300 hectares. A cultura, adaptável ao clima quente e seco, tornou-se uma boa alternativa para pequenos produtores que pretendem investir na produção artesanal de chocolate.
O projeto inicial surgiu em São José do Rio Preto (SP), com o objetivo de trazer cultivos integrados com a seringueira, que tem produção expressiva na região. Em meados de 2010, o setor de látex enfrentou uma forte crise devido às chuvas irregulares e ao calor. Diante disso, iniciaram-se as pesquisas experimentais sobre adaptabilidade do cacau em território paulista.
Fioravante Stucchi Neto, engenheiro agrônomo da Cati, explica que tudo começou a partir de um produtor que decidiu investir na cultura por conta própria e foi pioneiro no noroeste de SP.
“Inicialmente, encontramos um produtor de cacau em Tabapuã (SP) que estava iniciando, por conta própria, um projeto para aliar cacau com seringueira. A partir desse local, surgiu uma grande base de dados para a gente modelar um programa de adaptabilidade da cultura. Entendemos algumas dificuldades que ele enfrentava e começamos a pensar em alternativas para solucionar o problema”, explica.
A partir de 2019, após entender que o cacau se adaptou rapidamente ao clima seco, profissionais da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), em parceria com pequenos produtores, implantaram áreas experimentais. A partir desses estudos e após o interesse de alguns produtores, iniciaram-se os plantios comerciais.
Em 2022, surgiu o Programa Cacau São Paulo, desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo junto à CATI e a outras frentes de trabalho.
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