Polícia desarticula esquema milionário de rifas clandestinas e empresas de fachada na Bahia
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) denunciou à Justiça, na última quarta-feira (7), um grupo de 37 pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa especializada na exploração de rifas ilícitas e lavagem de dinheiro. De acordo com o Grupo de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), a quadrilha movimentou milhões por meio de um complexo esquema de captação, dissimulação e ocultação de recursos através de empresas de fachada, pessoas interpostas e ‘laranjas’. A denúncia é fruto da operação ‘Falsas Promessas 2’.
Conforme as investigações, os crimes eram praticados por núcleos interconectados que operavam de forma coordenada, focados em promover rifas clandestinas e ocultar os ganhos ilícitos. Segundo o Gaeco, os grupos mantinham “relações sistemáticas de cooperação, com compartilhamento de recursos logísticos, financeiros e operacionais, configurando um consórcio delitivo estruturado para maximizar o lucro e dificultar a identificação da origem dos valores”.
Além da promoção em larga escala das rifas clandestinas, que tinham resultados frequentemente manipulados para impedir que os prêmios saíssem do controle da organização, o grupo também era responsável pela dissimulação das receitas obtidas ilegalmente. Os valores eram reinseridos na economia formal por meio de empresas de fachada, contas bancárias de terceiros e movimentações em espécie.
Entre os denunciados, estão os líderes da organização: José Roberto Nascimento dos Santos, conhecido como ‘Nanan‘, Ramhon Dias de Jesus Vaz e Josemário Aparecido Santos Lins. Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e promoção de jogos de azar.
As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos no esquema criminoso.
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