Brasil 8 de Janeiro: invasão aos Três Poderes completa 2 anos Paulo janeiro 08, 2025 0 Tentativa de tomada do poder em Brasília ocorreu no começo do governo Lula Inasão ocorreu em janeiro de 2023 - Foto: Evaristo Sá | AFPO Brasil rememora, nesta quarta-feira, 8, os dois anos da invasão orquestrada por simpatizantes da extrema-direita à Brasília, capital federal. O ato, que ficou marcado como uma tentativa de golpe de Estado na primeira semana do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro de 2023, ligou o sinal de alerta da luta pela defesa do Estado Democrático de Direito, mais de três décadas após o fim da ditadura militar.Em Brasília, está previsto o 'Abraço pela Democracia', organizado pelo Palácio do Planalto, com uma série de agendas, como a reintegração de obras de arte e objetos destruídos nos atos de vandalismo, e uma cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Planalto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, e Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, não estarão presentes nas agendas. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), confirmou presença no evento.“Um dia como aquele 8 de janeiro nunca mais no Brasil. A política nossa nos ensina que a Democracia tem que ser respeitada", disse o gestor baiano ao Portal A TARDE, durante agenda na segunda, 6."O 8 de janeiro não foi um ato isolado, foi o ápice de uma escalada autoritária fomentada durante anos por esse discursos de ódio, disparo de fake news e ataques às instituições, liderados pelo bolsonarismo e seus representantes da esfera de poder", iniciou o deputado federal petista Jorge Solla."Passou da hora de endurecermos as punições contra aqueles que atentam contra a democracia. Precisamos colocar novamente em pauta o 'pacote da democracia', idealizado pelo grande ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino. O pacote reúne medidas que definem a responsabilização de forma exemplar de todos aqueles que participarem, financiarem ou incentivarem crimes contra o Estado Democrático de Direito. É um tema que não pode ficar travado na Câmara. A morosidade e má vontade de parte do Congresso em pautar o pacote expõe justamente a resistência destes setores que flertam com o autoritarismo e o golpismo", continuou.Solla ainda lembrou da descoberta de um plano para matar o presidente Lula e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB). A movimentação é investigada pela Polícia Federal."É preciso deixar claro e expresso com todas as letras: não haverá anistia para golpistas. Quem ataca a democracia, quem financia terrorismo e quem conspira contra o povo brasileiro deve pagar por seus crimes. O Brasil já foi leniente demais com os responsáveis pela ditadura militar, e sabemos o preço alto que isso custou, inclusive vimos ser desmascarado o plano criminoso de tentativa de assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes", completou Solla.Punição aos envolvidosDesde 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 371 envolvidos nas invasões, sendo 225 considerados executores e 146 incitadores. Ao todo, ainda de acordo com a corte, 155 réus estão presos, e outras 1.552 ações ligadas ao episódio estão em curso.Para esta quarta, 8, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal monitora todos os tipos de ameaças ou manifestações na capital, a fim de evitar atentados ou repetição das cenas registradas em janeiro de 2023.A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) afirmou que qualquer discussão sobre anistia política aos envolvidos na tentativa de golpe é inviável. A parlamentar também pontuou que os atos que acontecerão em Brasília servirão para afastar os riscos de novos levantes golpistas."Toda essa manifestação que se prepara em Brasília é para que a memória prevaleça e nunca mais aconteça. Parte de obras de arte e patrimônio que foram depredados vão ser reintroduzidos nos seus espaços naturais, e vai ser um ato pela democracia. O acontecimento foi um absurdo, é uma coisa que chocou o país logo depois das eleições, início de janeiro de 2023 [...] Outros episódios introduzidos na vida brasileira, o terror, porque aqui nós já vivemos terror, mas esperávamos, inclusive este ano que passou, no fim do ano, um cidadão que que queria explodir na frente do Supremo Tribunal Federal", iniciou a deputada, em conversa com o Portal A TARDE."Se descobriu que tinham militares de alta patente envolvidos em um plano de assassinato do presidente, do vice-presidente e do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes. Se levanta a discussão de anistia, é evidente que não existe condições de se negociar com o terror. Uma coisa é um confronto, é uma resistência, é uma revolta. Outra coisa é um lado totalmente desprevenido, confiando nos poderes constituídos, e o país ser abordado por uma intenção golpista tão agressiva quanto a que foi a do dia 8 de janeiro de 2023 e, evidentemente, as suas ações decorrentes disso, estimuladas por isso. Tem que se ensinar nas escolas, tem que se disseminar na sociedade a cultura da defesa da democracia e da Constituição", afirmou.Reação do presidenteNa tarde de 8 de janeiro de 2023, o presidente Lula estava em Araraquara, interior de São Paulo, quando foi avisado sobre a invasão em Brasília. O mandatário decretou, em coletiva de imprensa, intervenção federal, e se referiu aos invasores como "fascistas"."Aquelas pessoas que nós chamamos de fascistas, nós chamamos essas pessoas de tudo que é abominável na política. Invadiram a sede do governo, invadiram a sede do Congresso Nacional, invadiram a Suprema Corte, como verdadeiros vândalos, destruindo o que encontravam pela frente", disse o presidente na ocasião. 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