Documento complementar deve conter lista de pessoas que exerceram papéis secundários na organização que tentou dar um golpe de Estado. PGR analisa os 40 indiciamentos já feitos para decidir sobre eventual denúncia ao STF.
O novo documento também deve conter análise dos materiais apreendidos na última operação deflagrada no âmbito do inquérito — a Operação Contragolpe, que prendeu o general Braga Netto em dezembro passado.
Neste mês de janeiro, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, analisa o relatório com os indiciamentos já feitos pela PF — 40 no total. Cabe à PGR apresentar uma eventual denúncia para dar início a uma ação penal no Supremo. O relator do caso no tribunal é o ministro Alexandre de Moraes.
A expectativa da equipe de Gonet é que a análise em andamento seja célere, porque o caso é tratado como prioridade no órgão e porque há investigados presos preventivamente. Ao mesmo tempo, um auxiliar afirma que o procurador-geral não fará nada de forma açodada.
Os crimes imputados pela PF são abolição do Estado democrático de direito (pena de até 8 anos), golpe de Estado (pena de até 12 anos) e organização criminosa (pena de até 8 anos).
A expectativa na PGR é que se o novo relatório não for enviado pela PF antes de uma eventual denúncia, o órgão poderá apresentar um complemento posterior (aditamento) ao Supremo.
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro e do general Braga Netto, já foram indiciados pela PF:
o general Augusto Heleno, que chefiou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo passado;
o ex-ministro da Justiça Anderson Torres;
o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem;
o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira;
e o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid.
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