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Michelle e Eduardo incentivaram Bolsonaro a dar golpe, diz delação de Cid

Mauro Cid disse à PF que Michelle e Eduardo Bolsonaro participavam de um grupo "radical" que acreditava que os CACs participariam de uma luta armada se o então presidente desse o golpe

Delação diz que Michelle e Eduardo atuavam para convencer o então presidente a contestar o resultado das urnas e romper com a democracia

Atualmente cotados para se candidatar à Presidência da República, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tentaram convencer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de estado no fim de 2022. Foi o que disse o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, em delação à Polícia Federal em agosto de 2023. A íntegra do documento foi obtida pelo jornalista Elio Gaspari dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo neste domingo (26/1). O conteúdo foi confirmado pelo Correio.

Segundo a colaboração de Cid, depois de perder as eleições em outubro de 2022, Bolsonaro passou a receber aliados no Palácio da Alvorada. Dentre eles, havia 3 grupos distintos: os dois primeiros eram contra um golpe e o terceiro era “mais radical”. Era nesse grupo que estariam os dois.


O ex-ajudante de ordens afirmou que o grupo defendia que Bolsonaro assinasse um decreto de ruptura democrática com uso de armas. Eles acreditavam que o presidente teria apoio popular e dos CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores) e que o artigo 142 fundamentaria o golpe. 

Cid também citou como parte desse grupo os nomes de Felipe Martins (ex-assessor internacional), que teria ajudado a conseguir fundamentação jurídica para o golpe; e o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS).

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Segundo Cid, a posição de Bolsonaro era de contestação do resultado das urnas. Ele dizia acreditar que havia fraude na eleição de Lula e que queria provar sua teoria. Se isso não fosse possível, tentaria convencer as Forças Armadas a embarcar em um golpe.


Mauro Cid disse ainda que naquele momento, em novembro de 2022, o então presidente manifestou interesse em pressionar as Forças Armadas para “saber o que estavam achando da conjuntura”.

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No período em que as reuniões teriam ocorrido, Bolsonaro estava em silêncio sobre o resultado das eleições, que deram a vitória a Lula no segundo turno, em 30 de outubro. Ele ficou sem fazer qualquer declaração pública até 9 de dezembro, quando encontrou apoiadores na porta do Alvorada e disse que as Forças Armadas eram "o último obstáculo para o socialismo".


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