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Café com gosto amargo no mercado; cacau derrete e açúcar adoça os ganhos

 


O mercado de commodities agrícolas segue em forte oscilação, e nesta quinta-feira (3), os olhos se voltaram ao comportamento do cacau, que atingiu o menor patamar em oito meses. Em contrapartida, o açúcar ensaiou recuperação, enquanto o café segue pressionado. Abaixo, o que está movimentando os preços dessas commodities no cenário internacional.



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🍫 CACAU: queda livre com perspectiva de mais oferta


Os contratos futuros do cacau negociados na ICE recuaram com força nesta quinta. Em Londres, a queda foi de 1,9%, com a tonelada fechando a £ 5.441 — depois de tocar £ 5.354, o menor nível desde novembro. Já em Nova York, o contrato caiu 1,5%, encerrando a sessão em US$ 8.101 por tonelada, com mínima intradiária de US$ 7.916.


Esse movimento de baixa acontece em meio ao aumento dos estoques nos armazéns da ICE, que estão em 2,3 milhões de sacas — patamar próximo do pico observado em junho e o maior desde setembro de 2023.


Analistas também apontam uma movimentação técnica no mercado, com fundos desmontando posições compradas e rolando contratos para vencimentos mais distantes.


Apesar da pressão de curto prazo, um corretor dos EUA alerta: a produção de cacau na África Ocidental enfrenta problemas estruturais graves — como envelhecimento de árvores, doenças, impactos da mineração e restrições ambientais da nova regulamentação europeia (EUDR). Ou seja, a queda pode ter limite.



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☕ CAFÉ: colheita no Brasil pressiona os preços


O café arábica também sentiu o peso da oferta. O contrato caiu 0,5%, para US$ 2,896 por libra-peso, ainda refletindo a mínima de sete meses e meio registrada na quarta (US$ 2,796/lb). A colheita no Brasil — maior produtor global — avança de forma consistente e surpreende positivamente, especialmente na variedade robusta.


Carlos Alberto Santana, diretor da trader EISA, afirma que os produtores estão aproveitando os bons preços e vendendo em ritmo acelerado, o que ajuda a acalmar o mercado.


O café robusta, por sua vez, subiu 0,7% e chegou a US$ 3.627 por tonelada, após tocar o menor patamar em um ano na semana passada. No radar, também está o acordo comercial dos EUA com o Vietnã, que inclui uma tarifa de 20% sobre a importação de café — um fator que pode redesenhar os fluxos globais.



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🍬 AÇÚCAR: reação após mínima de 4 anos


O açúcar bruto foi o destaque positivo do dia, com alta de 5,1% — ou 0,8 centavo — fechando a 16,38 cents/lb. O avanço ocorre após o mercado bater mínima de quatro anos no início da semana.


Dois fatores explicam essa recuperação:


O Paquistão anunciou um plano para importar 500 mil toneladas de açúcar, a fim de conter a alta dos preços domésticos.


E no Brasil, a fila de navios esperando para carregar açúcar aumentou, o que indica forte demanda no maior exportador mundial da commodity.



O açúcar branco também reagiu, subindo 4,9%, para US$ 481,50 a tonelada.



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🗓️ Fique atento!


Os mercados de açúcar, café arábica e cacau em Nova York estarão fechados nesta sexta-feira (4) devido ao feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos.

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