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Parte dos deputados bolsonaristas apoiou ofensas a Gleisi



 Vários deputados bolsonaristas estiveram na sessão do conselho em defesa de Gilvan, mesmo não sendo membros do colegiado. Eles tentaram derrubar a sessão por meio de questionamentos regimentais, sem sucesso.

Alguns deles apoiaram de forma indireta as ofensas do parlamentar contra Gleisi.

“Ele [Gilvan] deveria receber uma medalha, um troféu, por falar o que muitos deputados não têm moral para falar”, disse o deputado Delegado Caveira (PL-PA).

O relator do caso, Ricardo Maia (MDB-BA), afirmou que a acusação contra Gilvan vai além “de uma simples divergência política ou de um embate retórico acalorado”, ultrapassando “os limites da liberdade de expressão parlamentar, com ataques pessoais e desqualificação moral”.

Na defesa apresentada ao Conselho, Gilvan disse que apenas citou a lista da Odebrecht e que não se referia a alguém específico, além de ter pedido desculpas e “reconhecendo publicamente que errou ao fazer determinada afirmação tida por ofensiva”.

Hugo Motta havia alertado os parlamentares acerca de desvios de conduta e excesso de agressividade entre os pares.
A cobrança aconteceu durante a reunião de líderes da última quarta-feira (31), e tomou metade do tempo do encontro, segundo deputados presentes.

Ao apresentar ao Conselho a sugestão de suspensão, Motta inaugurou o rito proposto na gestão Lira. Comumente são partidos adversários dos parlamentares que entram com este tipo de requerimento.

Na sessão da Câmara da última segunda-feira (5), Gilvan da Federal foi ao plenário fazer uma mea culpa.
O parlamentar afirmou que, naquele momento, assumia o compromisso de “não fazer o que eu vinha fazendo”, com relação a repetidas agressões. “Peço desculpas a quem se sentiu ofendido e ao presidente da Câmara”, afirmou.

Hugo Motta respondeu na mesma sessão que não iria permitir agressões entre parlamentares.
“No fundo, quando agimos dessa forma, quem vai para a lama, é a imagem da Câmara dos Deputados”, afirmou. “Podem ter certeza que procuraremos sempre zelar pela ordem, venha de quem vier [a agressão]”, completou.

No parecer da Mesa da Câmara, que é assinado também por Motta, ele diz que Gilvan da Federal “fez insinuações abertamente ultrajantes, desonrosas e depreciativas” contra Gleisi, “em evidente abuso das prerrogativas parlamentares, o que configura comportamento incompatível com a dignidade do mandato”.

O caso votado nesta terça não é o único relativo a Gilvan. Em março, ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal do Espírito Santo por violência política de gênero contra Camila Valadão (PSOL) por tê-la chamado de “satanista” e “assassina de bebês” quando ambos eram vereadores em Vitória.

No início de abril deste ano, também em sessão da Comissão de Segurança Pública, Gilvan chegou também a afirmar que desejava a morte de Lula.

“Por mim, eu quero mais é que o Lula morra! Eu quero que ele vá para o quinto dos inferno! É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas eu quero que ele morra!”

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